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25 de junho — São Guilherme de Vercelli, Abade
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Extraído de uma edição de 1928 do livro “Na Luz Perpétua — Leituras religiosas da Vida dos Santos de Deus, para todos os dias do ano, apresentadas ao povo cristão” 1
Piemonte é a terra que deu à Igreja o grande São Guilherme, filho de pais nobres que residiam em Vercelli. Lá nasceu o menino privilegiado em 1085.
Órfão de tenra idade, Guilherme foi educado por parentes próximos. Bem cedo Guilherme revelou uma predileção declarada pela vida religiosa e suas práticas. Sem sentir sua consciência onerada de culpas, usava de cilício e praticava o jejum. Tendo apenas quatorze anos, fez duas peregrinações, uma a Compostela, na Espanha, outra a Jerusalém. Quando em 1106 chegou a Apúlia, na casa de um tal chamado Rogério, em Melfi, conheceu o Salmo 109 e adquiriu conhecimento admirável da escritura sagrada. Dois anos passou Guilherme no alto de uma montanha na Apúlia, em companhia de um amigo, com quem se dedicava às práticas de uma vida austera. Em 1108 visitou a São João de Genosa. Numa segunda romaria a Jerusalém, permitiu Deus que Guilherme fosse vítima de salteadores que o maltrataram e roubaram. Seu desejo foi associar-se a São João de Genosa. Uma revelação, porém, que ambos tiveram, fê-lo conhecer a vontade de Deus, segundo a qual deviam trabalhar separadamente. Guilherme fundou então um mosteiro no Montevergine, que em pouco tempo se encheu de religiosos, leigos e sacerdotes. Guilherme ordenou-se em 1123 e deu aos seus religiosos a regra de São Bento.
À sua vida santa e exemplaríssima não faltou a distinção de grandes milagres. Guilherme morreu em 1142 no convento que se acha em Goleto, o qual mais tarde adotou o nome de São Guilherme.
Reflexões
A fé ensina-nos que, sem a graça divina, obra nenhuma meritória para o céu podemos fazer. Sem o auxílio da graça divina, é impossível chegarmos ao conhecimento da verdadeira fé e sair do estado de pecado se tivermos a infelicidade de nele cair. A graça divina deve anteceder, acompanhar as nossas obras e levá-las ao bom termo. É ela que ilumina o nosso entendimento e move-nos o coração, para que, conhecendo o bem que devemos fazer, o pratiquemos de boa vontade. A graça é um dom imerecido, que Deus nos concede e que não deixa faltar a ninguém, para que possa operar sua salvação. Sendo a graça um dom tão precioso, impõe-se a fiel cooperação com a mesma. A graça é o talento que Deus nos confia, para que, trabalhando com ele, cheguemos à santidade que devemos alcançar. Desprezar a graça divina, não aceitar o auxílio divino, é pôr em perigo sua salvação.
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- PDF desse livro disponível em: https://archive.org/details/pe-joao-baptista-lehmann-na-luz-perpetua-vol-i_202312 ↩